segunda-feira, 8 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

RESUMO(capitalismo)

Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social : a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais
Capitalismo é definido como um sistema econômico: e pode ser resumidos em 3 fases...
Primeira Fase : Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo
Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.
Segunda Fase : Capitalismo Industrial
No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.
O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato.
Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias.
Terceira Fase : Capitalismo Monopolista-Financeiro
Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.
Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.
Teoria capitalista
Algumas pessoas enfatizam a propriedade privada de capital como sendo a essência do capitalismo,ou enfatizam a importância de um mercado livre como mecanismo para o movimento e acumulação de capital, já que um livre mercado é uma consequência lógica da propriedade privada. Karl Marx o observa através da dinâmica da lutas de classes, incluindo aí a estrutura de estratificação de diferentes segmentos sociais, dando ênfase às relações entre proletariado (classe trabalhista) e burguesia (classe dominante). Para o pensador alemão, a diferença de poder econômico entre as classes é um pressuposto do sistema, ou seja, a classe dominante acumulará riquezas por meio da exploração do trabalho das classes operárias.
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RESUMO(divisão celular)

Mecanismo através do qual as células se multiplicam dando origem a outras células. A célula que está se dividindo é chamada célula original ou mãe, as novas células são as filhas.

Durante a divisão celular, dois aspectos importantes acontecem:
a. divisão do núcleo (cariotomia ou cariocinese)
b. divisão do citoplasma (citocinese ou citodierese)

Processos da Divisão Celular
- Mitose e Meiose

Mitose
Processo de divisão celular, caracterizado pela duplicação de todos os componentes celulares e pela distribuição uniforme desses elementos nas células filhas.
Na mitose uma célula original 2n, dá origem a duas células filhas também 2n. São idênticas entre si e idênticas à célula original, pois conservam o mesmo número de cromossomos.
A mitose garante a reprodução dos organismos unicelulares e o crescimento por aumento do número de células dos organismos pluricelulares. Atua também na renovação tecidual e na regeneração.

Intérfase

Corresponde a um período entre duas divisões celulares, onde a célula encontra-se em grande atividade metabólica. Durante a intérfase ocorre o acontecimento mais importante para o condicionamento genético e para a divisão celular, que é a duplicação do DNA.
A mitose não inicia-se antes que a duplicação do DNA se complete.

Levando em conta a concentração do DNA cromossômico, a intérfase se divide em três períodos:
I - Período G1 ou Pré - duplicação do DNA
II - Período S ou de Duplicação do DNA
III - Período G2 ou Pós - duplicação do DNA


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. A mitose se divide em quatro fases fundamentais:
Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase




Prófase (primeira)

· cromossomos duplicados começam a se condensar.
· cromossomos com duas cromátides.
· desaparecimento do nucléolo.
· duplicação do centro celular e centríolo.
· formação dos microtúbulos de tubilina (proteína), tendo o aspecto de estrela, a áster.
· crescimento das fibras de cada áster, empurrando o centro celular em direção aos pólos, formando as fibras polares, organizado pelo centro celular e não pelo centríolo.
· formam-se os cinetócoros, originados dos centrômeros, que irão organizar novas fibras, a fibras cromossomiais ou cinetocóricas, que se formarão na pró-metáfase.

Pró-metáfase

· desintegração da carioteca.
· formação das fibras cromossômicas, que se encontrarão com as polares.
· fuso mitótico = fibras do áster + fibras polares + fibras cromossômicas.

Metáfase (meta = depois)
· cromossomos atingem a região mediana, formando a placa equatorial
· cromossomos presos as fibras
· cromossomos mais visíveis (máximo grau de espiralização)
· movimentos das organelas e partículas para os pólos

Anáfase (ana = para cima)

· tem início a divisão longitudinal dos centrômeros
· separação das duas cromáticas de cada cromossomos
· cromossomos filhos seguem para os pólos
· chegada dos cromossomos aos pólos (final da anáfase)

Telófase

· modificações praticamente inversas as ocorridas na prófase e pro-metáfase
· descondensação dos cromossomos, desaparecimento do cinetócoro e fibras cinetocóricas, reorganização da carioteca e nucléolo.
· divisão do citoplasma (citocinese)
· formação da duas células filhas idênticas


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Obs.: Na célula animal, a citocinese é uma invaginação da membrana plasmática de fora para dentro, citocinese centrípeta.
Na célula vegetal, observa-se alguns aspectos diferentes da mitose animal, como:
· não há centríolo (mitose acêntrica)
· não há formação de fibras do áster (mitose anastral)
· citocinese é centrífuga, por resistência da membrana celulósica
· forma-se a lamela, que cresce do centro para a periferia, separando a célula em duas.

A divisão celular nas bactérias
Nos unicelulares procariontes, a divisão celular é mais simples.
- alongamento da célula e duplicação do único cromossomo.
- invaginação da membrana na região mediana, separando-a em duas


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Meiose
Divisão celular onde uma célula dá origem a quatro células, cada uma com a metade do número de cromossomos da célula original. É o processo através do qual formam-se as células reprodutoras (gametas).
Se não ocorresse redução numérica de cromossomos durante a meiose, os gametas seriam diplóides e a cada geração o número de cromossomos duplicaria nas células somáticas dos indivíduos.

A meiose ocorre por duas divisões celulares sucessivas:
- Meiose I ou Reducional
- Meiose II ou Equacional

- Meiose I ou Reducional
Compreende as seguintes fases: Prófase I, Metáfase I< Anáfase I e Telófase I

A Prófase I está subdividdida em subs-fases:
Leptóteno, Zigóteno, Paquóteo, Diplóteno e Diacinese

Na intérfase, os cromossomos estão desespiralizados, finos, compridos e não são vistos individualmente. É no entanto, na intérfase que ocorre a duplicação do DNA e consequentemente, dos cromossomos, formando assim as cromátides. Após a duplicação dos cromossomos, inicia-se a divisão celular.

Primeira Divisão da Meiose

Prófase I

- cromossomos já duplicados com duas cromátides irmãs.
- fase mais longa.
Sub-fases da prófase I



Leptóteno (lepto=fino; teno=fita)

cromossomos individualizados e distendidos
início da espiralização dos cromossomos homólogos
cada região se condensa primeiro, formando pequenos nódulos, os cromômeros.

Zigóteno (zigo=par)

cromossomos mais condensados.
início do emparelhamento dos cromossomos.
ligação entre os cromossomos, a sinápse cromossomial.

Paquíteno (paqui=grosso)

cromossomos mais grossos e mais condensados.
sinápse terminada, formando conjuntos chamados bivalentes ou tétrades (dois cromossomos homólogos emparelhados e existência de quatro cromátides).
fragmentação das cromátides, e logo a seguir a soldagem de reparação.
uma cromátide se solda ao fragmento de sua homóloga e vice-versa, o que recebe o nome de permutação ou crossing-over.

Diplóteno (diplo = duplo)

centrômeros começam um processo de repulsão, tornando-se visíveis, são os quiasmas, ponto de cruzamento entre as cromátides.

Diacinese (dia = através; cinese = movimento)

deslizamento do quiasma para as extremidades, conhecido por terminalização do quiasma.
desintegração da carioteca.
cromossomos no centro da célula

Terminada a prófase I, a célula começa imediatamente a metáfase I, com a formação da placa equatorial. Aqui surge outra diferença entre a mitose comum. É que no fim da metáfase de uma mitose, as cromátides de um mesmo cromossomo se separam, acarretando um duplicação do cariótipo. Na metáfase I, isso não acontece. A célula continua 2n cromossomos.
Na metáfase da mitose comum, os cromossomos se dispõem individualmente na placa equatorial, enquanto na metáfase I da meiose eles se organizam na placa equatorial, aos pares, à maneira de dois discos superiores.
Poucos minutos depois, entra na metáfase I, com a ascensão polar. Como não houve fragmentação dos centrômeros, cada cromossomo vai ascender a seu pólo com duas cromátides ligadas, já que elas não se separam.
Cada célula filha com n cromossomos, passa pela intercinese.

Na divisão II, que é uma divisão equacional, semelhantes, nos trâmites gerais a uma mitose comum da célula somática.


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Resumo comparativo
- Prófase da mitose: cromossomos homólogos não se pareiam.
- Prófase da meiose: cromossomos homólogos pareiam-se
- Metáfase da mitose: placa equatorial formada pelos cromossomos duplicados.
- Metáfase da meiose: placa equatorial formada pelas tétrades.
- Anáfase da mitose: divisão do centrômero, na meiose , não há a divisão.
- Telófase da mitose: 2n cromossomos duplicados.
- Telófase da meiose: n cromossomos duplicados

RESUMO(guerra fria)

Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra econômica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo em dois blocos, com sistemas econômico e político opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida armamentista que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear.

Após a II Guerra Mundial, os soviéticos controlam os países do Leste Europeu e os norte-americanos tentam manter o resto da Europa sob sua influência. Apoiado na Doutrina Truman – segundo a qual cabe aos EUA a defesa do mundo capitalista diante do avanço do comunismo –, o governo norte-americano presta ajuda militar e econômica aos países que se opõem à expansão comunista e auxilia a instalação de ditaduras militares na América Latina. O Plano Marshall, por exemplo, resulta na injeção de US$ 13 bilhões na Europa. A URSS adota uma política isolacionista, a chamada Cortina de Ferro. Ajudada pelo Exército Vermelho, transforma os governos do Leste Europeu em satélites de Moscou.

Nos anos 50 e 60, a política norte-americana de contenção da expansão comunista leva à participação da nação na Guerra da Coréia e na Guerra do Vietnã. A Guerra Fria repercute na própria política interna dos EUA, com o chamado macarthismo, que desencadeia no país uma onda de perseguição a supostos simpatizantes comunistas.

Corrida nuclear – A Guerra Fria amplia-se a partir de 1949, quando os soviéticos explodem sua primeira bomba atômica e inauguram a corrida nuclear. Os EUA testam novas armas nucleares no atol de Bikini, no Pacífico, e, em 1952, explodem a primeira bomba de hidrogênio. A URSS lança a sua em 1955. As superpotências criam blocos militares reunindo seus aliados, como a OTAN, que agrega os anticomunistas, e o Pacto de Varsóvia, do bloco socialista.

Com a descoberta da instalação de mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, os EUA ameaçam um ataque nuclear e abordam navios soviéticos no Caribe. A URSS recua e retira os mísseis. O perigo nuclear aumenta com a entrada do Reino Unido, da França e da China no rol dos detentores de armas nucleares. Em 1973, as superpotências concordam em desacelerar a corrida armamentista, fato conhecido como Política da Détente. Esse acordo dura até 1979, quando a URSS invade o Afeganistão. Em 1985, com a subida ao poder do líder soviético Mikhail Gorbatchov, a tensão e a guerra ideológica entre as superpotências começam a diminuir. O símbolo do final da Guerra Fria é a queda do Muro de Berlim, em 1989. A Alemanha é reunificada e, aos poucos, dissolvem-se os regimes comunistas do Leste Europeu. Com a desintegração da própria URSS, em 1991, o conflito entre capitalismo e comunismo cede lugar às contradições existentes entre o hemisfério norte, que reúne os países desenvolvidos, e o hemisfério sul, onde está a maioria dos subdesenvolvidos.

Observações:

Existiu também a "Aliança para o Progresso" um plano de ajuda economica para ajudar os paises da América Latina a sair do subdesenvolvimento porem com valores bem inferiores ao plano Marshal.

No Brasil a Guerra Fria se fez sentir principalmente no governo Dutra com o rompimento de relações diplomaticas com os paises socialistas, na "Aliança para o Progresso",No golpe militar de 1964 e no apoio a ditadura militar (1964 a 1985)

Perestroika- Plano economico criado no governo Gorbachov que reinicia a introdução do capitalismo na URSS

Glasnort- Plano que visava um democratização do socialismo soviético

RESUMO(celulas troncos)

CÉLULA- TRONCO: A RENOVAÇÃO DA VIDA A perspectiva de cura sem trauma é revolucionária, mas reacende um velho dilema: até que ponto se pode dispor de embriões com objetivos terapêuticos? Há pessoas que acreditam que a clonagem pode transformar embriões numa mercadoria valiosa como ouro. As células transplantadas, desenvolvidas a partir de células-tronco são capazes de regenerar órgãos com tecidos lesionados ou destruídos. Exemplo: na cardiologia, pesquisadores usam injeções de células musculares produzidas com células-tronco retiradas da medula espinhal, para recuperar o coração de pessoas enfartadas ou com insuficiência coronária, sem a necessidade de transplante já que as células são retiradas do próprio doente. Sabe-se que no futuro pode-se usar células tronco em células lesionadas ou doente como nos casos de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares, e até no lugar de células que o organismo deixa de produzir como no caso da diabete, a probabilidade de rejeição através desse sistema é zero. A bioengenharia tecidual usa as células do próprio paciente para gerar estruturas biomimétricas que podem substituir os tecidos degenerados. A bioengenharia pode operar também in vitro, construindo no laboratório estruturas vivas complexas, com células e matrizes biomimétricas, que quando implantadas no organismo essas estruturas assumem funções fisiológicas normais. No Brasil não há legislação específica sobre clonagem de seres humanos. O tratamento pelo uso da célula-tronco pode ser a solução para milhares de pessoas, evitando dessa forma a necessidade do transplante de rim. A idéia de criar órgão humanos deixa as cenas cibernéticas das telas e aproxima-se da realidade. É importante diferenciar a clonagem reprodutiva humana que é a tentativa de produzir a cópia de um indivíduo, da clonagem terapêutica, que é um aprimoramento das técnicas hoje existentes para a cultura de tecidos que são realizados há décadas. Ao transferir o núcleo de uma célula de uma pessoa para um óvulo sem núcleo, esse novo óvulo ao se dividir gera células capazes de produzir qualquer tecido em laboratório. Embora acenda uma luz no fim do túnel, a utilização de células embrionárias gera polêmica. Grupos religiosos e setores engajados na luta anti-aborto não aceitam a destruição de embriões para a obtenção de células-tronco, sob o argumento de que já são vidas humanas. Os cientista logicamente discordam, já que nessa fase é apenas um aglomerado de células e não um ser humano.

RESUMO(estatuto da ingualdade racial)

Principais pontos do projeto
O Projeto de Lei do o Estatuto da Igualdade Racial pode ser lido na íntegra aqui. Segue abaixo um resumo dos pontos principais.


Definições
O Estatuto traz as seguintes definições.

Discriminação racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.
Desigualdade racial: as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens,serviços e oportunidades, na esfera pública e privada.
Afro-brasileiros: as pessoas que se classificam como tais ou como negros, pretos, pardos ou por definição análoga.
Ações afirmativas: as políticas públicas adotadas pelo Estado para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.

Raça deve ser especificada
Segundo o estatuto a cor ou raça dos brasileiros deverá aparecer obrigatoriamente em todos os documentos utilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O quesito cor/raça e gênero deverão obrigatoriamente aparecer em todos os registros administrativos direcionados aos empregadores e aos trabalhadores do setor privado e do setor público.

O Ministério da Educação fica autorizado a fazer o mesmo em todo instrumento de coleta de dados do censo escolar, para todos os níveis de ensino.


Educação
Nova disciplina: A disciplina "História Geral da África e do Negro no Brasil" obrigatoriamente fará parte do currículo do ensino fundamental e médio, público e privado.

Saúde
Prevê tratamento especial para prevenir e tratar pessoas com a anemia falciforme.


Cotas
O governo deverá garantir cotas mínimas para cidadãos afro em programas de crédito estudantil e no preenchimento de vagas em universidades públicas.


Trabalho
As empresas ficam proibidas de exigir a fotografia do candidato a emprego. É permitido aos praticantes de religiões africanas e afroindígenas ausentar-se do trabalho.

As empresas e organizações (nacionais e internacionais) que tiverem relações comerciais ou que se beneficiem do setor público deverão obrigatoriamente adotar programas de promoção de igualdade racial (isto é: contratar ou dar vantagens a afro-brasileiros).

O preenchimento de cargos importantes na administração pública observará a meta inicial de 20% de afro-brasileiros, que será ampliada gradativamente até lograr a correspondência com a estrutura da distribuição racial nacional ou estadual.


Empresas com afro-brasileiros serão favorecidas
Empresários afro-brasileiros serão favorecidos por meio de financiamento para a constituição e ampliação de pequenas e médias empresas e programas de geração de renda.

Leis específicas, federais, estaduais, distritais ou municipais, poderão conceder incentivos fiscais às empresas com mais de empregados que mantenham uma cota de, no mínimo, 20% para trabalhadores afro-brasileiros.


Religião
Criticar religiões afro: Segundo o Estatuto fica proibido coibir a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições, imagens ou abordagens que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezopor motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas.

Meios de Comunicação
Peças publicitárias, filmes e programas de televisão deverão apresentar imagens de pessoas afro-brasileiras em proporção não inferior a 20% do número total de atores e figurantes. No caso de filmes e programas de televisão, metade deverá ser composta de mulheres afro-brasileiras.


Ouvidorias
Segundo o Estatuto:O Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas Estaduais, a Câmara Legislativa do Distrito Federal e as Câmaras Municipais ficam autorizados a instituir Ouvidorias Permanentes em Defesa da Igualdade Racial, como órgãos pluripartidários, para receber e investigar denúncias de preconceito e discriminação com base em etnia, raça ou cor e acompanhar a implementação de medidas para a promoção da igualdade racial.

Para a apreciação judicial das lesões e ameaças de lesão aos interesses da população afro-brasileira decorrentes de situações de desigualdade racial, recorrer-se-á à ação civil pública. Prevalecerão o critério de responsabilidade objetiva e a inversão do ônus da prova (ou seja: cabe aos acionados provar a adoção de procedimentos e práticas que asseguram o tratamento isonômico sob o enfoque racial).

RESUMO(guerra dos emboabas)

Quando as notícias da descoberta de ouro em Minas Gerais se
espalharam pelo Brasil e chegaram a Portugal, milhares de pessoas

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acorreram à região. No livro Cultura e opulência do Brasil por suas
Drogas e Minas, do padre João Antônio Andreoni (Antonil), editado em
1711, encontramos a seguinte referência ao afluxo de pessoas a Minas
Gerais.
"A sede do ouro estimulou tantos a deixarem suas terras e a meterem-se
por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se
poderá dar conta do número de pessoas que atualmente lá estão..."
O afluxo de forasteiros desagradou os paulistas. Por terem descoberto
as minas e por elas se encontrarem em sua capitania, os paulistas
reivindicaram direito exclusivo de explorá-las. Entre 1708 e 1709,
ocorreram vários conflitos armados na zona aurífera, envolvendo de um
lado paulistas e de outro portugueses e elementos vindos de vários
pontos do Brasil.
Os paulistas referiam-se aos recém-chegados com o apelido pejorativo de
emboabas. Os emboabas aclamaram o riquíssimo português Manuel Nunes
Viana como governador das Minas. Nunes Viana, que enriquecera com o
contrabando de gado para a zona mineira, foi hostilizado por Manuel de
Borba Gato, um dos mais respeitados paulistas da região. Nos conflitos
que se seguiram, os paulistas sofreram várias derrotas e foram
obrigados a abandonar muitas minas.
Um dos episódios mais importantes da Guerra dos Emboabas foi o massacre
de paulistas pelos embobas, no chamado Capão da Traição. Nas
proximidades da atual cidade de São João del-Rei, um grupo de paulistas
chefiados por Bento do Amaral Coutinho. Este prometeu aos paulistas que
lhes pouparia a vida, caso se rendessem. Entretanto, quando eles
entregaram suas armas, foram massacrados impiedosamente.
Em represália, os paulistas organizaram uma tropa de mais ou menos 1
300 homens. Essa força viajou para Minas com o objetivo de aniquilar os
emboabas, mas não chegou a atingir aquela capitania.
A guerra favoreceu os emboabas e fez os paulistas perderem várias
minas. Por isso, eles partiram em busca de novas jazidas; em 1718
encontraram ricos campos auríferos em Mato Grosso.
Estas foram as principais conseqüências da Guerra dos Emboabas:
Criação de normas que regulamentam a distribuição de lavras entre emboabas e paulistas e a cobrança do quinto.
Criação da capitania de São Paulo e das Minas de Ouro, ligada
diretamente à Coroa, independente portanto do governo do Rio de Janeiro
(3 de novembro de 1709).
Elevação da vila de São Paulo à categoria de cidade
Pacificação da região das minas, com o estabelecimento do controle administrativo da metrópole.

Bibliografia